segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

RESPEITO



Falar alto, gritar, perder o controle, invadir espaços onde sabemos que não somos bem quistos, violar o desejo do outro, agressão física, expor emoções de forma livre não se importando com o próximo, “rodar a baiana”, tudo isso constitui falta de diálogo e respeito e torna-se uma via de mão única geralmente inaceitável.

Platéia para situações relacionadas à perda de controle são fáceis de encontrar e surgem do nada. Interpretam o cenário de forma ainda pior que o real pode ser, quando muitas vezes o ato pode ser na verdade besteira superficial e expõe aquele que se controla ao ridículo.

O respeito é uma das poucas coisas que em um aspecto social vejo como necessário. Não gosto de sociedade e de seus valores criados por uma classe dominante com base em hipocrisia e mantidos pelo senso comum, porém respeito é fundamental. Claro, respeito é como tantos outros valores algo subjetivo, mas tenhamos em mente então a sensibilidade do outro para saber qual o respeito a ser demonstrado e mantido.

Os relacionamentos interpessoais são normalizados por estruturas diretamente ligadas ao respeito. Levam em conta o amor próprio, a auto preservação, a própria atividade e até a estrutura inconsciente. O auto valor exige respeito e este é necessário ao convívio.

O convívio precisa de respeito e só assim ele pode ser civilizado. Nenhum tipo de relação, sendo muito próxima e íntima ou apenas entre colegas ou profissional, consegue existir de forma saudável sem respeito.

Deve existir respeito pelas diferenças e devemos observar sempre as necessidades. É fácil demais desfrutar apenas de semelhanças e pode até tornar-se banal manter-se somente neste aspecto. Alguma tolerância e amabilidade se tornam necessárias e constituem também parte do respeito.

A falta de respeito mostra radicalismo, egoísmo, tirania, um primitivismo que dificulta a convivência graças a atitudes ignorantes e descontroladas.

O respeito surge da educação, dos valores pessoais, da tolerância e compreensão das próprias frustrações e de nossa capacidade de lidar com nossa própria afetividade. E também da compreensão e aceitação do desejo do outro.

Tadziu

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