domingo, 8 de março de 2009

NACIONALISMO




Nacionalismo é algo estreitamente ligado ao subjetivo e á valorização da identificação de um povo, de uma nação, especialmente no que se refere aos aspectos ideológicos. Claro, quando relacionado a questões de liberdade, independência e outros valores superiores, pode ser visto como algo bom, porém há um lado obscuro, que gera intolerância, xenofobia muitas vezes, então é algo a ser tratado com respeito e delicadeza.
Um pouco diferente de patriotismo, que leva em conta especialmente uma simbologia do Estado, como brasões, Hino, Bandeira, o Nacionalismo inclui os interesses das nações, geralmente ligados à economia, sendo ainda que estes interesses podem ser corrompidos por outros e tornar o nacionalismo algo questionável do ponto de vista “ideal”. Entre os aspectos interessantes e válidos do nacionalismo eu destacaria a manutenção da cultura, língua, etc.
Um dos grandes cuidados com o Nacionalismo destaca-se em exemplos claros no século XX: fascismo, integralismo no Brasil e Portugal e outros. Uma ideologia não precisa ser boa, ela apenas e existe, e um Nacionalismo exacerbado pode retorcer as coisas de maneira realmente não interessante para a humanidade.
Muitas nações por MUITO tempo não tiveram identidade, fronteiras demarcadas e sequer um idioma único. O Nacionalismo tem um mérito e surge também como ideologia revolucionária inclusive contra o domínio do cristianismo católico que apoiava feudos, e também como ideologia da burguesia, apesar de na verdade, uma ideologia dominante ser sempre aquela que surge da sociedade que é a dominante, então a ideologia sempre está localizada nas classes dominantes.
Após a fase burguesa / feudal, com a vitória política, social e cultural, o Nacionalismo foi deixado como lembrança e ressurgiu no Novo Mundo. Por diversas razões, desde as relações colônia colonizador tão mencionadas por tanto tempo, mantemos em destaque o Nacionalismo como algo ainda importante. Daí também surgiram discursos anticolonialistas como os de Tiradentes por exemplo.
Século XXI, vivemos o auge da globalização, e de certa forma, economicamente “comprometemos” o Nacionalismo. Os interesses são diversos, baseados quase que exclusivamente nos valores capitalistas e a influência dos mais desenvolvidos influi de tal forma na cultura de outros povos, que muitos começam a perder a identidade.
Padrões ideológicos não aceitáveis como neo-nazismo e outros começam a surgir novamente, questionando o valor do Estado e a globalização que deve começar a tomar um rumo democrático universal, excedendo os limites de interesses locais baseados em economia.
As tendências do nacionalismo ainda estão em guerras, poder, o que diretamente está relacionado à economia. Guerra é heróica e traz grandeza para seu país, há tendências de governar o “mundo”, etc. O Nacionalismo extremo prega racismo como algo aceitável e por defender sua ideologia, e é um tema que está sendo retomado na Europa, especialmente com o “problema muçulmano”.
A Globalização além de seu aspecto econômico nos traz a possibilidade de iniciar verdadeiras mudanças. O problema e todos os males da globalização e de nosso desenvolvimento como planeta, nos trazem a responsabilidade e obrigatoriedade de buscar saídas que não sejam econômicas. O Capitalismo já se mostrou ineficaz para a miséria do mundo, criando mais miseráveis, a religião já mostrou ser um instrumento de discórdia e nunca se matou tanto quanto em nome de deus, então precisamos repensar valores, respeitar a vida e superar o próprio humano.

Tadziu

2 comentários:

Miolo 3 disse...

Um bom texto sim senhor!
Não são muitas as pessoas que pensam nisto! é de louvar que existam coisas na net e nos blogues que escrevem BEM sobre isto!

Abraço


passe por http://miolo3.blogspot.com

saudação

MARLI RAMIRES disse...

Ó.... que elogio hein!

Concordo plenamente, show!