domingo, 8 de fevereiro de 2009

SOBRE ADAPTAÇÃO DE GATOS E HUMANOS


A importância de uma adaptação bem feita.


Hoje gostaria de abordar um assunto aparentemente despretensioso mas que no fundo é tão essencial quanto o próprio ato de adotar um animalzinho: a adaptação dele ao novo lar e, se for o caso, a um outro animal que já viva contigo.
Obviamente minha experiência maior é com gatos (rs) e vou tomar a liberdade de citá-los diretamente neste artigo. O que direi aqui baseia-se na minha experiência, em estudos que já li e também na opinião de pessoas ainda mais experientes do que eu.
Até há bem pouco tempo eu me gabava por não ter recebido gatinhos que foram adotados e devolvidos. Sempre tive muito cuidado em observar bem o gatinho e também o adotante de modo a não oferecer (ou permitir a adoção de) um animal que não se encaixasse naquele estilo de vida.
Vou exemplificar: a pessoa vê a foto de um gato liiiiiindo, adulto, enorme, azul, e quer adotá-lo. Não se importa com nada, mas quer AQUELE gato azul. Acontece que aquele gato é temperamental, genioso e não gosta de colo, e acontece também que o candidato a adoção terá nele seu primeiro gato. Num caso desses por exemplo não dôo de jeito nenhum. Explico os porquês, ofereço outro gatinho que se encaixe mais no perfil (um tranquilinho, que goste de ser pego, essas coisas). Enfim, isso é só o básico; na prática, a coisa vai muuuuito mais longe rs
O fato é que em final de dezembro e começo de janeiro tivemos 3 devoluções de gatinhos. Isso é muito estressante para eles, para nós e obviamente para os gatinhos que seriam companheiros deles caso a adaptação fosse feita corretamente, levada a sério como se deve. Todas as dicas e passo-a-passo na adaptação num primeiro momento parecem água e borracha e a pessoa sempre acha que sua experiência e seu feeling funcionam melhor; é exatamente neste momento que as coisas saem erradas.
Temos o cuidado de sempre entregar nossos bichinhos pessoalmente, o que serve para avaliar melhor as situações além de checar a casa onde eles vão morar. Se é segura, essas coisas. Mesmo assim, e mesmo acompanhando muito de perto, acontecem problemas.
Nos três casos, a devolução não levou nem 48h. Sabemos que 48h não são suficientes pra adaptação alguma, muito menos para uma decisão tão drástica como uma devolução. Entendemos que muitas vezes a situação entre dois gatos desconhecidos pode ser assustadora e isso apavora mesmo, mas é nesse momento que mais precisamos ter calma e botar a cabeça no lugar.
Vou tentar aqui citar alguns problemas na adaptação ou ainda, antes dela, na concepção que as pessoas tem dos felinos. São erros comuns a muita gente, mas não se sinta aborrecido caso viva uma situação parecida; é sempre tempo de mudar.
1. Humanização dos animais.
Quem de nós não chama o gato de ‘filhinho’? Rs chega a ser normal. O perigo mora logo depois disso: um gato não é nosso filhinho. Ele não é uma pessoa, não tem raciocínio, não sabe que se bater no gatinho da casa ele corre o risco de ser devolvido. Ele age puramente por instinto e tem uma personalidade peculiar; não há um gato igual ao outro. Gatos tem uma hierarquia própria, e normalmente decidem isso “na mão” ou “no grito”. Obviamente há gatos que são verdadeiros lordes, donos de um temperamento enormemente maleável e facilmente adaptáveis a qualquer ambiente, mas lamentamos informar que são a minoria no mundo.
Desta forma, muita gente se desespera ao ver o gato da casa ficar acuado diante do gato chegante. Isso acontece mesmo, mas acontece pra assustar quando o período de adaptação não é respeitado. Adaptação é gradativa, um teste de paciência e também de amor.
Pode acontecer que a hierarquia da casa mude com a chegada de um gato diferente. Isso tudo, entretanto, é resolvido entre eles. Para eles é irrelevante saber quem está ha mais tempo, quem é o mais querido, quem é o dodói. Com um pouco de paciência e tempo, eles geralmente se tornarão amigos de infância.
2. Medo de cara feia
Obviamente precisamos respeitar os limites de cada criatura, e não estou aqui querendo dizer que um gato deve ser forçado a conviver com outro a qualquer custo. Sempre digo que a adoção de um animal deve vir recheada de alegria - ainda que com alguns percalços eventuais -, mas deve necessariamente trazer alegria pra todos. Raramente não traz, mas esse raramente tem o peso exato da concepção da palavra.
Porém, não é raro uma devolução com as seguintes alegações:
“Meu gato ficou fazendo um barulho esquisito e fiquei com medo” ou “meu gato ficou acuado com medo do Chegante” ou “Meu gato não está mais querendo ficar no meu colo como era antes”. Apesar de isso tudo ser absolutamente normal - mesmo quando a adaptação é correta - chega a desesperar as pessoas a ponto de devolverem. Numa ocasião, eu soube que um filhotinho de 2 meses que eu havia doado na noite anterior seria devolvido e que sua então ‘dona’ estava na minha porta para entregá-lo.
Ao decidir adotar outro gato, é preciso compreender que o gato que chega não é brinquedo para o gato da casa. Que há gatos que vivem muito bem obrigado sem companhia de outro felino, portanto, o ato de adotar tem que ser essencialmente porque VOCÊ deseja isso. Seu gato não vai entender suas boas intenções ao trazer um gato estranho aos domínios dele.
3. Meu gato mais velho já estava aqui, portanto ELE é o líder!
“Como assim chega um gatinho na casa e faz cara feia para o mais velho? E como assim, o mais velho não reage? Nããããão, tem alguma coisa errada com este gato! Ele é insolente e não respeita a hierarquia, ele acha que é o dono da casa e anda como se fosse!”
Isso infelizmente também é comum. É um erro, pois gatos não são como cães. Gatos não tem líderes, pois não vivem em matilhas. Gatos são territorialistas e somente dividem as tarefas de modo bastante equalizado, mas cada um por si. Acontece de afeiçoarem-se a ponto de definhar de tristeza e saudade de um companheirinho que se foi? Obviamente. Ainda assim é preciso que nos prestemos a tentar compreender o comportamento dos gatos para então compreender seus sinais, o que precisam e o que esperam de nós.
Portanto, dê graças se adotar um gato e ele caminhar pela casa sem nenhum estranhamento. Isso certamente facilitará a adaptação dele com o gato da casa, já que animais assim dificilmente procuram encrenca ou revidam um fuuuuzzz mais forte. São gatos seguros de si e desprovidos de medo, o que é ótimo.
Botar dois gatos desconhecidos juntos num mesmo ambiente, de uma vez, é encrenca certa. Portanto, seguir as regrinhas é praticamente garantia de uma convivência no mínimo pacífica entre dois felinos - isso referindo-me obviamente a animais castrados
Bom, é isso. Espero que esse artigo seja util de alguma forma para você que está pensando em adotar um gatinho ou já passa por algumas das situações descritas aqui.
Obrigada e até mais!!
Tatis.
Fonte: http://blog.miadoselatidos.com.br/2009/02/08/a-importancia-de-uma-adaptacao-bem-feita/#comment-2918 Acesso em: 08.fev 2009.


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É óbvio que não posso discordar dos aspectos que você abordou, que concordo com o conteúdo, dicas, conhecimento adquirido de forma empírica, racionalista e epistemológica. Sem mencionar, que na média você tem MUITO bom senso. O “na média”, não é crítica ou ataque pessoal. Também sou “na média” neste quesito, e admitir limitações também faz parte do sucesso, inclusive nas adaptações, mas também sem esquecer, que grande parte das pessoas não tem bom senso algum.

Sei que naquilo que lhe diz respeito de forma direta, sua avaliação da personalidade de um gato é muito precisa e já ajuda demasiadamente a enquadrar o animal no perfil do dono, do ambiente e dos outros animais que eventualmente já existam no local. Normalmente o problema é o adotante:

1) Apesar de inexperiente arrogante e apesar das orientações faz tudo da forma que considera ser melhor;

2) Não se julga responsável pelo novo animal graças ao afeto já destinado ao primeiro, ou pelo fato de saber que se não der certo adaptar o novo animalzinho, ele poderá ser devolvido. Muitas vezes isso faz com que o empenho e os cuidados necessários sejam mínimos;

3) Já não lembro quantas vezes ouvi: “vou adotar um animal de uma ong. Já vem castrado, vacinado, sem pulgas, e se algo não der certo posso devolvê-lo. Geralmente, este tipo de pessoa no futuro, começa a “encontrar” animais e tentar “empurrá-los” para uma ong, que deverá assumir o animal e dar-lhe um destino decente.

Qual a razão, levando-se em conta a quantidade de animais abandonados (de todos os tipos), que raramente alguém assuma um bicho de rua, cuide dele, faça a adaptação, etc? É mais fácil e mais barato pegar um animal “pronto” para levar pra casa.

Se você resgata um animal de rua e cuida dele, cria afeto, apego, amor, e não consegue devolvê-lo à rua apenas por não ter se adaptado.

Muitas pessoas que querem adotar um animal o fazem de forma impulsiva e por vaidade. Esquecem que trata-se de um ser vivo, que como nós tem “frescuras”, necessidades, e uma personalidade que é sempre única.

O adotante tem outro defeito: ele mente. Infelizmente não seria algo real na prática passar todos por um polígrafo, mas muitos dos erros cometidos nas adoções surgem exatamente do fato do adotante ter mentido ou omitido algo, ou, ter agido de forma diferente da sugerida. Sem mencionar aqueles, que procuram por animais de raça que não estejam castrados.

Pessoalmente, acredito que uma pessoa que não consegue suportar determinada situação de adaptação por um tempo razoável, não será capaz de cuidar de um animal pela vida de toda, então melhor que não o mantenha.

A humanização dos animais acontece, e creio que de forma natural. Não estamos falando aqui de animais de abate, são de estimação, assim como nossos amigos, relacionamentos que prezamos, etc. Nós também não somos tão maleáveis e podemos notar que socialmente somos cada vez mais egocêntricos (o que é lamentável). Entre nós “humanos”, existe sim a classificação bom e mal, porém entre os animais ela não pode e não deve existir. Entre os humanos os valores devem vir da ética e não da moral que é algo socialmente impostos, mas dos animais não podemos exigir tais valores. Eles ainda estão mais próximos da natureza, ainda agem de acordo com seus instintos de sobrevivência, e isso deve ser visto com apreciação e não crítica. Não há animais cristãos, ateus, evangélicos, então não há animais bons ou maus, são apenas criaturas especiais que precisam de nosso amor e estão muito além do bem e do mal.

As pessoas que adotam animais raramente fazem idéia do ato que estão praticando, e de todo o trabalho que foi desenvolvido até que esta doação tenha sido possível. Um resgate exige despesas, tempo, dedicação, cuidados mil. NINGUÉM se lembra disso ou pensa que aquele que resgatou o animal tem sim afeto por ele e quer um destino bom, que ele seja feliz, tenha um lar pleno. Uma devolução de um filhote de 2 meses na forma descrita no artigo é um ato de uma pessoa cretina.

Não posso deixar de comentar que:

A sociedade desenvolve inúmeros instrumentos “legais” para tentar fazer com que a vida e a realidade sejam melhores. Uma das mais novas modalidades são as ONG’s. Há ONG para todo tipo de coisa que se possa imaginar e não são poucas.

Com isso, a sociedade tende a transferir problemas para as ONG’s, como se estas fossem a salvação do mundo. As pessoas fazem mesmo com o governo, os próprios pais, etc.

Está na hora de perceber, que todos os problemas são de todos e que todos podem e devem ajudar. Aquele que adota um gato de uma ONG, raramente volta a ajudar esta ONG, como se tivesse realizado um grande feito em adotar um animal (o que na verdade, generalizando, foi apenas um ato de vaidade dele próprio), e não um favor que ele fez.

Uma das maiores e melhores coisas que as ONG’s fazem, é o trabalho direto em si, voltado para o tema que abordam, e a conscientização para um problema real existente, então, TODOS devemos fazer a nossa parte para transformar o mundo em algo melhor para nós mesmos e para os animais seja participando efetivamente de projetos sociais diversos, ou até mesmo ajudando indiretamente os instrumentos já existentes.


Tadziu

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

BANHO - PARA DESCONTRAIR



O BANHO DAS MULHERES
1. Tira a roupa e coloca no cesto de roupa suja, separando as roupas por tonalidade das cores.
2. Vai para o banheiro de roupão.
3. Se cruza com o marido no caminho, cobre o corpo e sai correndo para o banheiro.
4. Para diante do espelho e analisa o corpo.
5. Força a barriga para fora para poder se queixar que está mais gorda do que realmente está.
6. De costas, empina a bunda para verificar a celulite.
7. Antes de entrar no box , organiza a toalha para o rosto, a toalha para os braços e pernas, a das costas, a de entre os dedos dos pés, etc.
8. Lava o cabelo com xampu de abacate/mel com 83 vitaminas.
9. Enxágua longamente.
10. Repete o processo de lavar o cabelo com o xampu de 83 vitaminas.
11. Enxágua longamente de novo.
12. Enche o cabelo com condicionador de aveia e própolis com 71 vitaminas e deixa por 15 minutos.
13. Lava o rosto com sabonete de calêndula por 10 minutos até que o rosto fique vermelho.
14. Lava o resto do corpo com sabonete de alfazema e leite de cabra para o corpo.
15. Tira o condicionador do cabelo.
16. Este processo leva 10 minutos. Ela deve estar segura que todo o condicionador foi retirado.
17. Depilação de axilas, pernas e virilha.
18. Desliga a ducha. Escorre toda a água dentro da ducha.
19. Sai da ducha e se seca com uma toalha do tamanho da África Meridional.
20. Enrola uma toalha super absorvente na cabeça.
21. Revisa mais uma vez o corpo em busca de detalhes.
22. Retorna ao quarto com o roupão e um preparado cremoso de rosa-mosqueta com erva-doce espalhado no rosto.
23. Se encontra o marido, se cobre mais ainda e corre para o quarto.
24. Uma hora e quarenta minutos depois, está vestida e pronta.

O BANHO DOS HOMENS:
1. Sentado na cama, vai tirando toda a roupa, arrotando, peidando e jogando tudo no piso em frente.
2. Cheira as meias e a cueca, para após lançá-las sobre o montinho formado.
3. Vai pelado até o banheiro.
4. Se encontra a esposa no caminho, balança o pinto imitando um ventilador.
5. Para defronte ao espelho para ver o físico.
6. Encolhe a barriga.
7. Faz pose de halterofilista.
8. Checa o tamanho do pinto.
9. Por fim, coça o saco.
10. Entra na ducha.
11. Não se preocupa com toalhas. Se não tiver por ali uma de banho, vai se secar com a de rosto mesmo.
12. Lava o rosto com qualquer coisa que faça espuma.
13. Se mata de rir com o eco que faz dentro do box quando peida.
15. No banho, deixa pentelhos no sabão.
16. Lava o cabelo com qualquer xampu.
17. Não usa condicionador.
18. Faz um penteado moicano coma espuma no cabelo.
19. Sai da ducha para ver no espelho como ficou seu penteado moicano.
20. Morre de rir.
21. Mija dentro do box.
22. Faz toda a vizinhança ouvir quando assoa o nariz dentro do box.
23. Tira o xampu e sai imediatamente da ducha.
24. Não se dá conta de que todo o banheiro está molhado pois, tomou banho com o box aberto.
25. Quase seco, para outra vez diante do espelho.
26. Contrai os músculos e revisa o tamanho do pinto.
27. Coça o saco.
28. Sai do banheiro e deixa a luz acesa.
29. Deixa pegadas molhadas com espuma de sabão.
30. Volta para o quarto.
31. Se encontra a esposa no caminho, volta a balançar o pinto, imitando ventilador.
32. Dá um tapa na bunda da esposa.
33. Chuta as roupas que estão no piso do quarto para um canto.
34. Quatro minutos depois está vestido, pronto e perguntando se a esposa ainda vai demorar muito.

RESPEITO



Falar alto, gritar, perder o controle, invadir espaços onde sabemos que não somos bem quistos, violar o desejo do outro, agressão física, expor emoções de forma livre não se importando com o próximo, “rodar a baiana”, tudo isso constitui falta de diálogo e respeito e torna-se uma via de mão única geralmente inaceitável.

Platéia para situações relacionadas à perda de controle são fáceis de encontrar e surgem do nada. Interpretam o cenário de forma ainda pior que o real pode ser, quando muitas vezes o ato pode ser na verdade besteira superficial e expõe aquele que se controla ao ridículo.

O respeito é uma das poucas coisas que em um aspecto social vejo como necessário. Não gosto de sociedade e de seus valores criados por uma classe dominante com base em hipocrisia e mantidos pelo senso comum, porém respeito é fundamental. Claro, respeito é como tantos outros valores algo subjetivo, mas tenhamos em mente então a sensibilidade do outro para saber qual o respeito a ser demonstrado e mantido.

Os relacionamentos interpessoais são normalizados por estruturas diretamente ligadas ao respeito. Levam em conta o amor próprio, a auto preservação, a própria atividade e até a estrutura inconsciente. O auto valor exige respeito e este é necessário ao convívio.

O convívio precisa de respeito e só assim ele pode ser civilizado. Nenhum tipo de relação, sendo muito próxima e íntima ou apenas entre colegas ou profissional, consegue existir de forma saudável sem respeito.

Deve existir respeito pelas diferenças e devemos observar sempre as necessidades. É fácil demais desfrutar apenas de semelhanças e pode até tornar-se banal manter-se somente neste aspecto. Alguma tolerância e amabilidade se tornam necessárias e constituem também parte do respeito.

A falta de respeito mostra radicalismo, egoísmo, tirania, um primitivismo que dificulta a convivência graças a atitudes ignorantes e descontroladas.

O respeito surge da educação, dos valores pessoais, da tolerância e compreensão das próprias frustrações e de nossa capacidade de lidar com nossa própria afetividade. E também da compreensão e aceitação do desejo do outro.

Tadziu

POR UM POUCO DE ESQUECIMENTO


O passado é nosso e podemos olhar para ele com propriedade, tanto no sentido de posse como de capacidade de avaliação, se possível, real. Apesar da tendência de não nos incluirmos no passado como participantes ativos, ele é nossa história e nós a construímos, errando ou não. O que é péssimo com a questão do passado, é olhar para ele de forma próxima demais, com exacerbação. Nostalgia, saudade, parecem ser também conceitos sociais de valorização de algo que “teve” seu valor, porém deve muitas vezes perdê-lo. Supervalorizar o passado e nossa memória pode muitas vezes atrapalhar nosso futuro e na verdade, devemos nos esforçar para viver o presente, sendo ou não bom, mas com perspectivas de mudanças sempre.

Nietzsche dá valor ao esquecimento e julga que esquecer é sim importante para nosso futuro, e ainda, que esquecer é necessário para o indivíduo e também para um povo. A realização de um futuro bom exige muitas vezes o esquecimento do passado. Nietzsche não defendia um esquecimento puro e simples, mas uma recriação da memória onde o importante é libertar-se. Ele também alega ser possível viver quase sem lembranças e ainda assim ser feliz. Sinceramente, acredito que não sejam poucas as lembranças das quais devemos nos livrar e então sim, voltar a pensar em felicidade.

Não aceitar perdas é uma das formas melhores a escolher para adoecer. Nietzsche ainda reforça dizendo que: “saber esquecer” é uma condição para a vida boa: “Quem não é capaz de se estabelecer na soleira do instante, esquecendo tudo que é passado (...), não saberá jamais o que é felicidade e o que é pior, jamais será capaz de fazer com que outros sejam felizes”.

Só podemos perder aquilo que um dia tivemos, então algo foi vivido, lutou-se por algo, acreditou-se em algo, houve vida. Quando acaba, devemos ajudar os mecanismos naturais de auto defesa e esquecer. Nem sempre é fácil, muitas vezes é necessário.

Tadziu