domingo, 17 de fevereiro de 2008

Felicidade

Ninguém pode dizer com consciência que não deseja ser feliz. Todos a procuram, nos mais variados lugares e de diferentes formas. O grande desafio somos nós mesmos.
Cabe ao ser inteligente dizer o que quer, o que faz, o que é fundamental e como é a sua existência, desta forma, estabelecendo parâmetros, crescendo por dentro.
É possível alcançar a felicidade hoje, apesar dos problemas, mas isto deve ser interno e real. Ninguém ri a toa, ninguém anuncia estar feliz. Apenas aquele que consegue viver na realidade é realmente feliz, ou pode ser feliz.
Não somos somente aparência material, física. Temos um corpo e uma “alma”, ou seja lá o que for, temos o racional e todos os sentimentos, que muitas vezes colidem. Devemos tentar entender nossos enigmas, as problemáticas da dor e do desamor.
A felicidade é algo diferente para cada um de nós, e muda em proporção ao intelecto e afetividade de cada um, onde também devemos contar com as necessidades.
A felicidade consiste talvez em fazer o bem, "não é ter ou não ter", e também na satisfação plena, na eliminação de duvidas e no silêncio meditativo que nos proporciona apenas sentir a felicidade fluir. Quando realmente felizes, não rimos sem razão, temos motivos para isto e todos percebem, não é necessário dizer, anunciar.
A vida não é um problema, é um desafio. Ela nos apresenta oportunidades, chances, algumas aproveitáveis e outras dispensáveis.
A alegria de viver deve ser uma norma de conduta nos seres pensantes, sem egoísmos ou vinganças. Os acontecimentos do dia-a-dia mudam a cada momento e transformam tristezas em coisas boas e felicidades em coisas ruins.
Construímos castelos na areia, sonhamos mais do que devemos, transformamos mito em verdade, temos ilusões românticas, investimos a felicidade em relacionamentos com de expectativas coloridas, condenando-nos sempre a decepções crônicas. Necessitamos de reciprocidade.
Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos podemos fazer isto com nossos atos. Fracassos ou sucessos, todos são subprodutos de nossas atitudes construtivas ou destrutivas.
É sempre fácil culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação pela insatisfação, por pensarmos que, se os outros se comportassem de acordo com os nossos planos e objetivos, tudo seria perfeito. Não temos controle absoluto sobre nada, não nos é vantajoso e nem mesmo possível. A felicidade não requer rótulos e nosso mundo seria mais repleto de momentos agradáveis se conseguíssemos ver as pessoas sem limitações, mas para isto, contamos com o comportamento e sinceridade das outras pessoas. Cada indivíduo é uma pessoa singular e distinta.
Felicidade não é a realização de nossos desejos, mas sim, a noção de que podemos estar satisfeitos com nossas reais possibilidades. A felicidade encontraremos na harmonia, no amor verdadeiro e até na renúncia.

Dedicado a um grande amigo.

Nenhum comentário: